Sidebar Area
Sidebar Area

Blog

Fui vítima de assédio moral no trabalho. E agora?

  |   advogado, agressão no trabalho, assédio moral   |   Nenhum Comentário

Todos os dias, trabalhadores de empresas de todos os portes e todas as esferas sofrem algum tipo de humilhação, perseguição e são vítimas de constrangimento moral dentro de seu ambiente de trabalho. O assédio moral no trabalho é uma realidade.

 

O assédio moral é uma conduta abusiva praticada de forma constante, e pode ocorrer por parte de um superior ou de um colega de trabalho. Esse comportamento, geralmente, acarreta em constrangimento e pode ocasionar problemas secundários como isolamento e estado depressivo ou outros transtornos.

 

As denúncias são poucas. O baixo índice de denúncias ocorre, provavelmente, porque é difícil identificar o assédio moral no trabalho. Ele pode ser confundido com divergência comum ou meras brincadeiras. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Grupo Vagas.com em 2015, dos 4,9 mil entrevistados, 52% disse já ter sido vítima de assédio moral no trabalho, mas apenas 12,5% afirma ter denunciado.

 

Cabe salientar que a prática de assédio moral no trabalho é crime tipificado no Código Penal Brasileiro, pelo art. 136 – A, no qual é possível ler que  “depreciar, de qualquer forma, e reiteradamente, a imagem ou o desempenho de servidor público ou empregado, em razão de subordinação hierárquica funcional ou laboral, sem justa causa, ou tratá-lo com rigor excessivo, colocando em risco ou afetando sua saúde física ou psíquica pode acarretar uma pena de um a dois anos de reclusão”.

Se você foi vítima de assédio moral no trabalho, saiba o que fazer agora:

 

Anote os pormenores das situações

 

Anote com detalhes todas as humilhações sofridas. Informações como data completa, horário, setor, nome do agressor, quem testemunhou, conteúdo da conversa e todos os dados que julgar necessário. Tudo isso será muito útil na hora de formalizar a denúncia.

Dê visibilidade ao ocorrido

 

Busque apoio nos colegas, sobretudo naqueles que testemunharam o fato ou que também já tenham sofrido humilhações do agressor. Às vezes, pode acontecer de algum colega ter medo. Encoraje-o, reitere que aquele comportamento do abusador é criminoso e que não se pode fazer vistas grossas à esses fatos. Se você for testemunha de atos de agressão no ambiente de trabalho, supere o medo. Você pode ser o próximo e, se isso acontecer, contar com o apoio dos colegas na denúncia será fundamental. Não tenha medo: o temor concede mais forças ao agressor.    

 

Evite ficar sozinho com o agressor

 

Tente não conversar com o agressor sem que haja testemunhas. Sempre que for chamado, vá com algum colega de trabalho que se disponha a acompanhá-lo.  

 

Buscar apoio junto aos familiares

 

Afeto, solidariedade e apoio são fundamentais para recuperação da autoestima, dignidade, identidade e cidadania do trabalhador que sofreu assédio moral. Lembre-se que qualquer situação de abuso pode gerar traumas na vítima e adoecê-la.   

 

Denuncie a agressão

 

Procure seu sindicato para relatar o ocorrido. Dentro da empresa, promova uma movimentação nesse sentido, também: procurar o departamento de Recursos Humanos ou os superiores do agressor pode ser uma boa saída. O Ministério Público, a Justiça do Trabalho, a Comissão de Direitos Humanos e até o Conselho Regional de Medicina – de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Medicina n. 1488/98 – têm autonomia para prestar auxílio em casos de assédio moral no trabalho.  

 

Procure um advogado

 

Todo trabalhador comprovadamente vítima de assédio moral tem direito a receber indenização por danos morais. Para analisar os indícios e saber qual a melhor forma de formalizar uma denúncia, o ideal é contar com aconselhamento jurídico.  


Você ficou com alguma dúvida sobre direito da família ou deseja mais informações sobre o assunto? Entre em contato conosco para que possamos ajudar. Clique aqui para marcar uma consulta online ou ligue para (49) 3622 0198 l (49) 3622 2868. Ficamos localizados na rua Santos Dumont, 134 – Ed. Carduus Office, Sala 201 – São Miguel do Oeste (SC).