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Sucessão da empresa familiar: Como preparei meu filho para assumir nosso negócio

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Quando vida familiar e profissional andam juntas, a sucessão da empresa familiar é uma coisa corriqueira. Mas, às vezes, diferenças ou visões desalinhadas atrapalham tudo. Isso porque a empresa, para o patriarca, é vista como um legado.

Só que os filhos também têm anseios individuais. Não querer dar continuidade ao negócio é uma decisão difícil… Mas que pode acontecer! Eu tenho 58 anos e meu filho acaba de assumir minha empresa, uma administradora de imóveis que abri há 30 anos.

Quando vejo-o apaixonado e entusiasmado pelo negócio de nossa família, questiono a mim mesmo se ele tomou essa decisão de forma autônoma ou se eu, em algum momento, o fiz decidir assim.

    

Meu filho aceitou a sucessão da empresa familiar

Tenho que reconhecer que, de todas as hipóteses, vivi a mais fácil delas. Meu filho, desde muito cedo, manifestou vontade de dar continuidade ao meu trabalho e quando chegou o momento optou pela sucessão da empresa familiar.

Eu investi em orientação e segui passos como proporcionar a ele uma formação superior em administração e um MBA ou pós-graduação, além de fazer com que atuasse como funcionário em outra empresa do mesmo ramo.

Quando resolvi que estava pronto para ser inserido na nossa empresa, fui duramente criticado pela minha família porque optei por fazer com que participasse do processo formal de recrutamento de colaboradores. Ele seguiu o plano de carreira. Começou lá embaixo. Teve que escalar para conquistar um bom posto, visto que eu queria que tivesse certeza do que estava decidindo.

Foi mais uma lição que eu quis dar a eles sobre a importância do trabalho e daquele local na minha vida.

No entanto, ele poderia não ter querido assumir a empresa…

Os filhos são indivíduos e, como tal, têm o direito de dizer não à sucessão da empresa familiar. Não há nada errado nisso. Caso você esteja vivendo isso, seu dever é se certificar de que seu filho não está tomando essa decisão por medo ou qualquer outro sentimento ou motivação nocivo.

Antes que nada, é preciso deixar claro que a empresa é de seu filho e continuará sendo, ainda que ele não queira assumir a gestão: ele é herdeiro. Portanto, ele terá de fazer acompanhamento técnico no estabelecimento, se não quiser vendê-la. Proporcionar toda a informação possível sobre o negócio, sobre o ramo de atuação e sobre seu funcionamento é algo que precisa ser feito, em qualquer hipótese.

Chance de crescer ou uma dor de cabeça?

Toda empresa familiar tem problemas de relacionamento entre seus membros. Seu filho pode mostrar resistência à sucessão da empresa familiar por essa razão: em vez de ver que trata-se de uma oportunidade para crescer, a empresa representa para ele uma dor de cabeça.

Mostre ao seu filho que harmonia é construída com um comportamento exemplar e boa conduta profissional. O bom comportamento é fruto do conhecimento. Para desenvolver competências como mediar conflitos e fazer uma boa condução da empresa, ele deve estar pronto para enfrentar um mar agitado: é na tempestade que se faz o bom marinheiro.

Brigas e desentendimento nunca são o melhor caminho para resolver conflitos. Permita que seu filho conheça o negócio e esteja inteirado de tudo para, só então, decidir optar ou não pela sucessão da empresa familiar. Só assim ele terá condições ideais para determinar qual será o futuro da empresa.

 


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